Dia histórico para os servidores estaduais na luta pelo fim do confisco de 14%

Dia histórico para os servidores estaduais na luta pelo fim do confisco de 14%

Os servidores unificados deram um passo importante para cancelar o confisco de 14% nos benefícios e pensões de aposentados e pensionistas através de um Projeto de Iniciativa Popular. No dia 16 de agosto, os servidores se dirigiram para a frente da Assembleia Legislativa para realizarem do ato unificado contra o confisco de 14% imposto pelo governador Carlos Moisés. Estiveram no Ato servidores e dirigentes do Sinte, Sinjusc, Sindalesc, Sindsaúde, além do SINTESPE. Durante a tarde, a categoria protocolou na Assembleia Legislativa um abaixo-assinado com quase 60 mil assinaturas para ingresso de Projeto de Lei de Iniciativa Popular pelo fim do confisco.

Servidor de Braço do Norte e aposentado em Tubarão, no sul do Estado, Benício Marcílio apela para que o governador Carlos Moisés “olhe com seriedade os servidores aposentados, que já sofreram muito para chegar até aqui”. Benício não se conforma de ter que voltar a contribuir, depois de 35 anos de serviço prestado e agora na aposentadoria vem o governo confiscar 14% quando todos os aposentados e pensionistas da previdência federal são isentos: “Não tem sentido, só quem não tem cérebro para fazer um troço desses. Estou doente, tenho mulher e filho doentes e não posso voltar a trabalhar com essa idade, e agora, com 14% a menos no salário, o que vai sobrar para a gente?”, indaga.

Marlete Gonzaga adverte que esse erro cometido contra mais de 50 mil servidores, entre pensionistas e aposentados, precisa ser revisto porque é injusto e ilegal. “O servidor já pagou a sua contribuição para ter direito de se aposentar”. A presidenta do SINTESPE destaca a unificação das entidades de servidores nesta luta (Sindalesc, Sinjusc, Sindsaúde, Sintespe, Sinte, entre outras): “Agora começa de fato o nosso trabalho, vamos fazer pressão na base dos deputados para que assumam o compromisso com o fim do confisco, antes das eleições”. Já o vice-presidente Antônio Battisti resume que “o governador Moisés deixa a marca de ser um governo que deu com uma mão e tirou com as duas, concedendo reajuste parcelado em duas vezes, na forma de gratificações, e tirando 14% de todos, de uma só vez. Ninguém esquece desse governo confiscador, que economiza R$ 250 milhões por ano nas costas dos servidores, e paga obras de rodovias previstas no orçamento federal, no montante de R$ 400 milhões, além de conceder R$ 7 bilhões de isenção fiscal aos megaempresários de Santa Catarina”.