SINTESPE comemora 31 anos de existência e resistência
Na última sexta-feira (18) o SINTESPE completou 31 anos. Em comemoração, foi realizada atividade de confraternização na sede do Sindicato em Florianópolis. Compareceram representantes de diversos sindicatos e demais entidades convidadas, para celebrar e prestigiar a entidade representativa que ajudou a construir a história do movimento sindical em Santa Catarina, sendo em diversos momentos a referência nas lutas pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Estado. Na programação, cultura, ativismo social e política sindical viva e ativa para defender as conquistas históricas atualmente tão ameaçadas.
Novembrada
Na ocasião foi feito um pré-lançamento do documentário “Quarenta Pra Não Esquecer”, produzido pela Cooperativa Comunicacional Sul e pelo Portal Desacato.info. O filme resgata o episódio histórico da “Novembrada”, a grande manifestação popular contra o Regime Militar implantado em 1964 no Brasil, ocorrida no movimentado centro de Florianópolis em 30 de novembro de 1979. “Asseguramos que Quarenta será um marco para nossa produção jornalística em 2019. Um documentário com uma trama facilitada por aportes ficcionais que assegurem a compreensão da narrativa e estimulem o desenvolvimento da história que será revisitada através do trabalho de pesquisa e questionamento juntos aos diversos protagonistas daquele dia”, garante Rosângela Bio de Assis, que gerencia o portal.
Melanina contra o preconceito
Prestigiando o talento de seus associados, o SINTESPE convidou os diretores do documentário “Toque de Melanina – legado de Resistência” para a exibição da obra, uma reflexão sobre o genocídio da população negra no Brasil e o sistema de ensino da rede pública do estado de Santa Catarina. Dirigido por Maria Aparecida Rita Moreira, Pós-doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina e Renan Ramos Rocha, cineasta e servidor da Fundação Catarinense de Cultura. O curta conta com depoimentos de professores, gestores, alunos e comunidade acerca das práticas educacionais do Grupo de Estudos Étnico-Raciais Toque de Melanina, que atuou na implementação da Lei 10.639, na E.E.B Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis.
Por outras visões de mundo
O professor Waldir Rampinelli, coordenador do Núcleo de Estudos de História da América Latina no Instituto de Estudos Latino-americanos da Universidade Federal de Santa Catarina, também abrilhantou o evento com uma sessão de autógrafos de seu livro “O Menino que Vê o Mundo”. Lançado em junho pela editora Insular, o trabalho mistura a história e a ficção para dar vida a um rico mosaico do cotidiano numa pequena cidade de imigrantes italianos e conta ainda com a parceira de Frank Maia, que assina as belíssimas ilustrações, bem como a capa do livro.
“A Nova Belluno – cidade onde se passa a história – que espanta o menino do texto é a nossa própria cidade, nossa aldeia. Aquela que finca raízes em nós e que de alguma forma nos determina. Por isso, o ato de deixá-la é necessário para nossa própria libertação. O guri que sobe no trem, com uma pequena mala, rumo ao não-sabido, somos todos nós, tentando encontrar nosso lugar no mundo. E, como ele, caminhamos, esperando mudanças para, no final da jornada, ainda voltarmos ao mesmo lugar que nos pariu. Só que desta vez, não mais com assombramento, e sim com a consciência crítica”, explica o professor.
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Além da atividade sócio-cultural, durante o final de semana ocorreram também a Reunião do Conselho de Representantes e teve início o novo Programa de Formação Sindical em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE.