Sindicatos reforçam agenda de lutas contra o confisco de 14% nas aposentadorias e pensões
Tenda em frente à Alesc e visita quinzenal a deputados fazem parte da agenda
Ontem, dia 10, a luta contra o confisco de 14% nas aposentadorias e pensões dos servidores estaduais de Santa Catarina passou a ter um novo calendário de mobilização organizado pelo Sintespe e pelo Sindsaúde, na Capital. A cada quinze dias, às quartas-feiras, os Sindicatos vão armar uma tenda em frente à Assembleia Legislativa de SC para coleta de assinaturas no Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) que visa revogar o desconto para quem recebe entre um salário mínimo e o teto do INSS, bem como conversar com os deputados estaduais de diferentes regiões para buscar assinatura e aprovação do Projeto de Lei Complementar 04/2023, de autoria de Fabiano da Luz (PT), que já tramita na Casa e tem o mesmo propósito.
Nesta quarta-feira, as dirigentes do Sintespe Marileia Gomes e Sayonara Araújo Pessoa; da Associação dos Servidores da FCEE Ione Araújo, do Sindsaúde Patrícia Barreto, e a aposentada da saúde Giselda Adames Brkanitch estiveram nos gabinetes dos deputados Mario Motta (PSD) e Jair Miotto (União Brasil). Marcos Souza, assessor de Mario Motta, foi quem recebeu a comissão de servidoras e afirmou que o parlamentar, também servidor público, é contra o confisco e tem compromisso de trabalhar para resolver essa questão. Disse ainda que vai se inteirar do PLC 004/2023, em tramitação.
Miotto, por sua vez, apenas se comprometeu em buscar informações sobre o projeto, mas demonstrou não contrariar o governador.
O servidor aposentado é o que já contribuiu com o Ipesc durante anos, o mesmo Ipesc que cedeu custos para construção do hospital Celso Ramos há anos. “Esse confisco foi muito impactante principalmente para quem não tem grandes salários, num momento em que é preciso mais serviços médicos”, frisa Marileia, da Secretaria de Aposentados e Pensionistas.
Marlete Gonzaga, presidenta do Sintespe, chama a categoria pra luta: “Não podemos ficar em casa esperando, não podemos ficar só nos gabinetes. Nós precisamos vir pra rua. Precisamos mostrar pra população que não estamos defendendo só os nossos direitos, nós estamos defendendo o serviço público”.
