Luta contra privatização dos portos se intensifica em todo o Brasil
O jornal Valor Econômico, edição de 16 de novembro de 2021, traz uma reportagem assinada pelo jornalista Daniel Rittner sobre o movimento de resistência contra a privatização dos portos brasileiros. O texto diz que mesmo aliados de Bolsonaro no Senado já se manifestam contra a ameaça de privatização – o governo chama de ‘desestatização’ – das Companhias Docas do Espírito Santo (Codesa), da Bahia (Codeba) e de Santos (SP), além dos portos públicos de Itajaí (SC) e São Sebastião (SP), que são concessões do governo federal. Em Santa Catarina também estão incluídos no rol das privatizações de Bolsonaro-Paulo Guedes os portos de Imbituba e São Francisco do Sul. “Nossa resistência tem sido fundamental para a manutenção dos portos públicos”, lembra o presidente do SINTESPE, Antônio Battisti.
O processo de privatização da Codesa é o mais adiantado e está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O texto traz reclamações de várias lideranças de que não houve qualquer debate por parte do governo para colocar em prática a ideia da privatização avassaladora contra os portos públicos lucrativos, ao contrário, está havendo quase uma imposição da medida em todo país. O jornalista ouve lideranças que advertem para os riscos de aumento de custos e taxas e de seletividade de cargas, além da agressão ao ecossistema portuário, em caso de privatizações, conforme o SINTESPE vem denunciando há tempos.
Valor Econômico destaca que o Brasil está em 91º lugar, entre os 139 países, no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial e que a autoridade portuária sob controle do Estado é estratégico para a soberania nacional e indispensável para “equilibrar conflitos de interesses”. A matéria traz o pleito do prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, cujo contrato de concessão do porto ao município vence em 2022, de estender a delegação por mais 25 anos, por temer “desordenamento urbano”. A reivindicação tem o apoio dos senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Melo (PL). E destaca o Fórum Permanente de Defesa Portuária, que prioriza neste momento a luta contra a privatização da Codesa, por entender que abriria uma brecha para a privatização dos demais portos públicos brasileiros. Leia o texto completo no endereço www.valor.globo.com.