Governo federal descarta entregar os Portos Públicos para privatização

Governo federal descarta entregar os Portos Públicos para privatização

A luta contra a privatização dos portos públicos, encabeçada pelo SINTESPE e Federação Nacional dos Trabalhadores Portuários foi vitoriosa. Durante todo o governo Bolsonaro, tendo a frente o ex-Ministro Tarcísio (hoje governador do Estado de SP), os trabalhadores/as Portuários resistiram para impedir a privatização/concessão da gestão pública dos portos de de São Francisco do Sul, Imbituba, ambos sob o controle do governo de SC), bem como do porto de Itajaí (controlado pela Prefeitura) . No dia 19 de janeiro, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou no Palácio do Planalto que essa possibilidade de privatição do gestão pública está descartada, fora de qualquer discussão pelo Governo Lula.

Em entrevista ao Jornal Correio Braziliente, o ministro disse ainda que os diretores das autoridades portuárias federais serão substituídos, de modo a assegurar o mesmo pensamento e a mesma lógica contrária às privatizações. Márcio França ainda anunciou a modernização necessária dos portos brasileiros dentro estratégia do interesse público.

A resistência dos portuários de Santa Catarina com participação e apoio da maioria da classe política local e estadual, intensificada em 2021 e 2022, forçou os governos Moisés e Bolsonaro a recuarem máximo a concretização da sanha de entregar os portos públicos de Imbituba e São Francisco do Sul e Itajaí à iniciativa privada. Manifestações em frente aos portos, passeatas, outdoors espalhados pelo estado, distribuição de informativos visando à mobilização dos portuários e das comunidades, anúncios nas rádios locais, audiências públicas na Assembleia Legislativa e nas Câmaras de Vereadores (com total apoio dos Prefeitos e da ampla maioria dos vereadores e vereadoras), pressão sobre os deputados, denúncias contra a direção da SC Par, assembleias virtuais (em função da pandemia) foram algumas das ações impulsionadas pelo SINTESPE para deixar marcada a determinação de manter o sistema portuário, que é superavitário, nas mãos do Estado ou Município.

Tirada a escapada do pescoço dos trabalhadores e trabalhadoras agora é hora de priorizar a batalha por melhores condições de salário e de trabalho.