Governador desprestigia as nossas Policiais Penais

Governador desprestigia as nossas Policiais Penais

 

A gestão do governador Jorginho Mello (PL) tem sido marcada por uma série de equívocos e nomeações no mínimo estapafúrdias. Ao menos é o que se pode depreender da área da Administração Prisional, setor estratégico para qualquer governo. As escolhas para a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) foram frustradas, cada um dos dois indicados permanecendo pouco tempo na função. Pelo visto, o governador Jorginho usa o poder para conceder privilégios e fazer favores àqueles que compactuam com sua estratégia equivocada de governo.

Nossa preocupação aqui é com a nomeação de uma guarda municipal para o cargo de secretária Adjunta do Sistema Prisional. O governador Jorginho pode até argumentar que está valorizando as mulheres na administração pública e que a dita cuja vai “ganhar experiência na segurança pública”, em um sentido amplo. O argumento é uma balela. Ainda que a servidora efetiva do município e vereadora do PL de Florianópolis possa entender de policiamento de rua e segurança em escolas, na nossa modesta avaliação, quem entende de administração prisional são os policiais penais – masculinos e femininos – do sistema prisional.

Trata-se, isto sim, de uma desvalorização das tantas policiais penais mulheres que temos no serviço público estadual, com amplo conhecimento de causa para atuarem no cargo. Nossas policiais penais não foram cogitadas anteriormente nas nomeações frustradas, nem agora. Isso contraria a política de igualdade de condições entre mulheres e homens no mercado de trabalho, que tanto defendemos. Na real, o governador desprestigia as nossas policiais penais. Fica aqui registrada nossa total estranheza a mais esta nomeação equivocada por parte do inexperiente governo, que opta pela política partidária ao invés da competência técnica e profissional.