Genocídio na Palestina foi tema em destaque na Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos
O tema genocídio do povo palestino esteve presente na Jornada Latino-americana e Caribenha realizada em Foz do Iguaçu/PR nos dias 22 e 23 de fevereiro.
A presidenta do Sintespe/SC, Marlete Gonzaga, diretora de Formação, Sayonara de Araújo Pessoa, e a representante de local de trabalho do CEDUP de Campo Erê, Lenir Lima, participaram da Jornada representando o Sintespe no evento.
Ao final do segundo dia de atividades, Breno Altman, fundador do portal Opera Mundi, fez o lançamento de seu livro “Contra o Sionismo: retrato de uma ditadura colonial e racista”, publicado pela Editora Alameda.
Breno Altman diz que sua presença tem por objetivo levar o debate sobre o sionismo e a situação da Palestina. “Não se trata apenas de promover o livro. Cada momento é uma atividade de solidariedade aos palestinos.”
Em relação à fala de Lula, Breno Altman disse que ela teve o efeito de colocar sobre a mesa o que se falava à boca pequena. Destampou o bueiro da história e deixou Netanyahu e a comunidade política mundial “nua” em praça pública. “O sionismo não tem a ver com o povo judeu, tem a ver com a burguesia judaica e o imperialismo. Ao apontar o dedo, ao expor essa ferida, Lula contribui e muito com a solidariedade internacional. Acabaram-se as meias-palavras, as vísceras do sionismo estão expostas”.
Destacou ainda três pontos que colocou como centrais do que a fala do Lula provocou: constrangimento aos demais países; desafia a esquerda brasileira ampliar sua solidariedade com o povo palestino e ajuda a aprofundar a desmoralização do regime sionista.
Além do lançamento do livro, foi realizado debate sobre a questão palestina também com a presença do professor de Relações Internacionais e especialista em Oriente Médio Renato Costa, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e Ualid Rabat, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)
Renato Costa, se expressou com a força e clareza que este momento exige: “primeira vez que assistimos a um genocídio ao vivo. (…) Muitas pessoas permanecem passivas mesmo acompanhando esse genocídio, onde a maioria das vítimas são mulheres, crianças e idosos”. Destacou também a fala do presidente Lula que na sua opinião, modificou o cenário silencioso da comunidade internacional, a partir da sua manifestação em favor da Palestina, comparando o governo Netanyahu ao governo de Hitler.
Ualid Rabah, apresentou dados e detalhou a situação do povo palestino que está confinado em uma área de 60 km quadrados, passando fome, sede e todo tipo de dificuldades e ainda levando bombas. Mais de 37 mil pessoas assassinadas, representando quase 2% da população de Gaza. Agradeceu aos movimentos sociais e populares que se manifestam em apoio ao povo palestino e ao final afirmou: “Nós não temos dobradiças nas vértebras, nós não nos dobramos, nós vamos resistir, Palestina livre!