Diretores do Sintespe participam de ato em repúdio aos 60 anos do golpe civil- militar em Florianópolis
Diretores do Sintespe participaram, ontem de um ato público e caminhada, em Florianópolis, em repúdio ao golpe civil-militar que completou 60 anos nesse 1º de abril e pelo fim do genocídio provocado na palestina por Israel com apoio dos EUA.
O Ato convocado pelo Coletivo Catarinense por Memória Verdade Justiça Derlei de Luca juntamente com entidades sindicais, do movimento social e político, teve início em frente à Catedral e contou com apresentações artísticas, incluindo o coral do Sintespe, além de discurso de diferentes lideranças presentes. Após, foi realizada uma caminhada por locais marcados pela resistência à ditadura na Capital, como a Praça XV de Novembro, que sediou o episódio da Novembrada, em 1979.
De acordo com relatório da Comissão Estadual da Verdade, durante a ditadura, sete catarinenses foram assassinados – entre eles o primeiro prefeito eleito de balneário Camboriú que foi morto nas dependências da Marinha – quatro estão desaparecidos até hoje: o ex-deputado Paulo Stuart Wright, o estudante João Batista Rita, o taifeiro da Marinha Divo Fernandes D´Oliveira e o jornalista e policial militar Wânio José de Matos.
A manifestação cobrou a reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos, extinta pelo governo Bolsonaro em 2022, o fim da tutela militar, o fim da anistia aos militares criminosos na ditadura e nos atos que culminaram na nova tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, assim como pediu o fim das relações do governo brasileiro com Israel.
Em Santa Catarina, o dia 1º de abril é considerado Dia Estadual do Direito à Verdade e à Memória, como um dia para promover a reflexão sobre o golpe de 1964 e a importância do Estado Democrático de Direito e a preservação dos direitos humanos.