Audiência Pública mostra que comunidade não quer a privatização dos portos públicos
Encontro realizado na Câmara de Vereadores de Imbituba foi uma iniciativa da Comissão Mista da Assembleia Legislativa
Os diretores do Sintespe, Antônio Battisti, Sayonara Corrêa e Wolney Chucre participaram da Audiência Pública que debateu o projeto do governo Carlos Moisés que prevê a Desestatização dos Portos Catarinenses, realizada na tarde de hoje (9), na Câmara de Vereadores de Imbituba. A Audiência foi promovida pela Comissão Mista da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Wolnei Weber e contou com presenças de lideranças da comunidade e de portuários de São Francisco do Sul, que defenderam com veemência a manutenção do portos públicos de Imbituba e São Francisco do Sul, atualmente administrados pela SC-Par. Às 10 horas desta sexta-feira (10) aconteceu na Câmara de Vereadores a Audiência Pública junto à comunidade de São Francisco do Sul.
No dia 29 de março, a Câmara de Vereadores de Imbituba, inclusive, aprovou uma Moção de Repúdio contra a privatização do Porto Público. “É um assunto de extrema importância para a cidade de Imbituba, e os vereadores, em sua grande maioria, tem apoiado a causa da manutenção do porto público de Imbituba”, lembrou o servidor do Porto, Getúlio Cezar. Em seu pronunciamento durante a Audiência, Getúlio elogiou a iniciativa dos deputados de conhecerem de perto o assunto e “mostrarem à população que sempre tem um outro caminho a seguir, mantendo os portos públicos, que têm superávits, geram emprego e renda para a cidade”.
O também servidor do Porto de Imbituba, Gabriel Pereira Escobar, criticou um estudo técnico que está sendo contratado pelo governo do estado, no valor de mais de R$ 10 milhões, para que seja viabilizada a possível privatização da autoridade portuária. “O governo está utilizando dividendos da SC-Par, que poderiam ser utilizados para fazer a duplicação do acesso norte, a reforma e alongamento do Cais 3, recursos que deveriam ser investidos no desenvolvimento da região, mas são usados para mostrar que vale a pena esse negócio de privatização”, disse, pedindo para que os deputados barrem o estudo: “Ano que vem tem eleição, se cai o governo, tanto federal quanto estadual, toda essa negociação cai por terra, é um circo com verba pública”, denunciou.
trabalhadores portuários e dirigentes sindicais em defesa do porto público durante a audiência pública da comissão mista da Alesc