Assembleia dos servidores na FCEE decide aguardar resposta do governo sobre equiparação das gratificações
Em assembleia geral realizada na sexta-feira (19) , servidores da FCEE decidiram aguardar a reunião de negociação com o governo – agendada para o próximo dia 7 – para a realização da nova assembleia dia 8 de agosto, às 12 horas, com objetivo de deliberar os próximos passos da luta. Também ficou decidida a participação de uma comissão de três representantes dos servidores, além do SINTESPE na negociação, e a confecção de um documento ao governo solicitando, mais uma vez, o atendimento da reivindicação.
De acordo com o assessor econômico do Sindicato, Maurício Mulinari, nada justifica a política de austeridade que vem sendo aplicada pelo governo Jorginho Mello (PL) e a decisão de atender, ou não, a reivindicação é política. Há um superávit de R$ 3 bilhões nas receitas do Estado, obtido somente no primeiro trimestre de 2024. A concessão da gratificação para esses quase dez mil servidores atualmente discriminados geraria um “custo” de cerca de R$ 237 milhões nestes próximos seis meses, o equivalente a apenas 1% da folha total dos “gastos” no serviço público e, no ano de 2025, o investimento seria de R$ 406 milhões, representando 1,7% do total. Hoje, a relação entre a Receita Corrente Líquida e a despesa com pessoal equivale a apenas 40,8%, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal possibilita um limite de até 46%.
A presidenta do SINTESPE, Marlete Gonzaga, afirma que nesse canal aberto com o governo, a entidade vai cobrar o cumprimento da lei da data-base (15.695/2011) após os salários estiverem equilibrados e que também será ajuizada uma ação para a garantia de que a lei seja cumprida. E salientou, ainda, a importância da unidade na nossa ação e a prioridade da luta pela equiparação das gratificações.