Santa Catarina não aceita anistia para golpistas e blindagem para deputados e senadores

O domingo (21) foi de protesto em diversas cidades do Brasil à tentativa do Congresso nacional conceder anistia para quem ajudou a tentar um golpe de Estado após não aceitar o resultado das urnas na eleição de 2022 (PL 2162/25) e à Proposta de Emenda Constitucional nº 3/2021 que blinda deputados e senadores de qualquer tentativa de investigação criminal – independentemente do tipo de crime – sem a que seja aprovada pela maioria dos próprio parlamentares.
Em Santa Catarina, milhares de pessoas foram às ruas nas cidades de Chapecó, Florianópolis, Itajaí, Itapema e Joinville.
Na Capital, o governador Jorginho Mello tentou invisibilizar o protesto, impedindo que os manifestantes ocupassem a Ponte Hercílio, que ficou bloqueada pela PM durante o ato. No entanto, mesmo sob chuva torrencial, milhares de pessoas seguiram em caminhada com cartazes, faixas, bandeiras e guarda-chuvas até o Terminal Cidade de Florianópolis, dando o recado aos parlamentares que a população catarinense não concorda com esses projetos e propostas que são um retrocesso e uma afronta à luta pela democracia e transparência no país. Na última terça-feira (16), dos 16 deputados federais catarinenses, apenas os dois petistas Ana Paula Lima e Pedro Uczai e Gilson Marques (Novo) votaram NÃO à PEC da blindagem e apenas os dois petistas votaram NÃO ao regime de urgência na tramitação do projeto de anistia. A aprovação da urgência na tramitação faz com que o Projeto vá à votação sem discussão nas comissões que antecedem o plenário.
A vice-presidenta do SINTESPE, Mariléia Gomes, esteve presente à manifestação na Capital.
Enquanto o povo se organiza através do plebiscito popular para pautar no Congresso a redução da jornada de trabalho, fim da escala de trabalho 6×1 e justiça tributária, a maioria dos parlamentares se preocupa em salvar a própria pele.