Servidores da Saúde aprovam proposta de reajuste e reafirmam compromisso com a luta por valorização

Na tarde de quarta-feira (23), as servidoras e os servidores da Saúde estadual aprovaram, em Assembleia, a proposta de reajuste apresentada pelo governo. O resultado é fruto direto da mobilização constante da categoria e da atuação firme nas mesas de negociação. O acordo prevê um reajuste de 9%, dividido em duas parcelas: 4,5% em maio e 4,5% em dezembro. A gratificação também será elevada para 90%, com o mesmo escalonamento.
Apesar da aprovação expressiva, a Assembleia foi marcada por um clima de atenção e responsabilidade. A categoria reconhece avanços importantes em relação à proposta inicial — como a aprovação do Projeto de Lei das Horas Plantão e o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde com a abertura de concurso público ainda neste semestre — mas reafirma que a valorização merecida está longe de ser alcançada.
Marileia Gomes, servidora da saúde e dirigente do SINTESPE na pasta dos aposentados e pensionistas, destacou a importância da mobilização e garantiu que o Sindicato seguirá atuante:“Seguiremos firmes e mobilizados. A luta pela valorização dos serviços públicos é permanente. Nosso trabalho não termina aqui. O SINTESPE estará presente em cada etapa, reafirmando o compromisso com a defesa da categoria.”
As deliberações da Assembleia apontam para uma nova etapa de mobilização. A categoria decidiu manter a cobrança pela reposição integral das perdas salariais e reforçou a exigência pelo respeito à data-base de janeiro — um direito legal sistematicamente desrespeitado.
A defesa dos aposentados segue como uma das prioridades, diante dos descontos mensais que seguem penalizando quem dedicou décadas ao serviço público. A luta contra as privatizações também continuará sendo central, assim como a cobrança por melhores condições de trabalho, segurança e estrutura nas unidades de saúde.
A mobilização não se encerra com o reajuste parcial. Ela se fortalece. A convicção da categoria é clara: só com unidade, organização e luta permanente será possível alcançar a valorização real que os trabalhadores e trabalhadoras merecem.