1° de Maio: viva a luta dos trabalhadores e trabalhadoras

1° de Maio: viva a luta dos trabalhadores e trabalhadoras

As origens do 1º de maio | Dia Internacional do Trabalhador

As origens do 1° de maio se relacionam com a proposta dos trabalhadores organizados na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) de declarar um dia de luta pelas oito horas de trabalho. Também conhecida como “Primeira Internacional”, foi fundada em Londres, sob influência das ideias de Karl Marx. Porém, foram os acontecimentos de Chicago, em 1886, que vieram a dar o definitivo significado de Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores. Nesta data, trabalhadores foram presos e assassinados porque fizeram greve.

Os 350 mil operários das fábricas de Chicago cruzaram os braços. No dia seguinte, domingo, a polícia entrou em choque com os grevistas numa pequena cidade vizinha de Chicago, deixando um saldo de nove mortos. Na segunda-feira, mais quatro operários em greve foram assassinados.

Em resposta, um dos líderes da greve, o anarquista August Spies, convocou para o dia seguinte, dia 4 de maio, um ato público contra a repressão policial na Praça do Mercado de Feno, centro de Chicago. Às 16 horas, quando o último orador, Samuel Fielden, iniciava seu discurso, o chefe de polícia exigiu que ele descesse do palanque. Enquanto discutiam, uma bomba explodiu no meio da multidão. Um policial morreu e a polícia revidou, abrindo fogo e provocando a tragédia: 80 operários foram assassinados no massacre de Chicago.

Nos Estados Unidos a classe operária era formada principalmente por imigrantes europeus, alemães, tchecos, irlandeses e de outras nacionalidades. A exploração do trabalho operário soma-se à exploração do imigrante, daquele que é considerado um não cidadão e, portanto, sem qualquer tipo de direitos. Foram essas condições que estimularam o desenvolvimento do movimento sindical no país. Grande parte dos operários era influenciada pelos ideais socialista ou anarquista. As incipientes organizações operárias passaram a reivindicar dos patrões o respeito à lei, o fim do trabalho infantil e, principalmente, a redução da jornada para oito horas diárias e quatro horas aos domingos.

Passados mais de 130 anos dos episódios que marcaram o 1º de maio, a classe trabalhadora prossegue na sua luta por dignidade, respeito e justiça!