Sufoco: governo Moisés e a crise na saúde

Sufoco: governo Moisés e a crise na saúde

A avalanche de notícias sobre a “Operação oxigênio” nos últimos dias atestam que o governo Moisés se tornou palco de um grande escândalo de corrupção envolvendo a fraude de 33 milhões na compra superfaturada dos 200 respiradores mecânicos, equipamento primordial para quem apresenta caso grave devido a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus que já matou 18.859 brasileiros em números oficiais, e 94 catarinenses até a data de 20.05.2020.

Já estamos com 291.579 casos confirmados no brasil sendo 5.499 em santa Catarina só em casos relatados, como sabemos diversos estudos apontam para números que podem chegar a mais de dez vezes o número oficial, o Brasil segue sendo o pais que menos faz testagem em todo o mundo, o governo brasileiro está na contramão do mundo e das indicações da Organização Mundial de Saúde.

 O que iniciou como suspeita de irregularidade em licitações na compra dos 200 respiradores fantasmas, foram aferidas diversas  irregularidades que advém desde pagamento antecipado, a troca de equipamentos por um bem inferior e com menos funcionalidades, interferindo diretamente na manutenção da vida, podendo, quando chegar e se chegar,  ser inviabilizado pela equipe técnica, além da não entrega dos equipamentos, é grave o risco de vir a faltar leitos no estado, segundo boletim sobre coronavírus feito pelo estado de Santa Catarina, já estamos com 60% de ocupação nos leitos de UTI.

 O governo estadual já havia sido alvo de suspeição no caso da contratação do hospital de campanha por seu valor figurar muito acima do contratado em outros estados.

Uma operação em andamento apura o cometimento de crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Paralelo a essas investigações a Assembleia legislativa instalou uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para averiguar as diversas irregularidades.

Já estão afastados, o Secretario de casa civil, Douglas Borba e o secretário de saúde Helton Zeferino.

HÁ TEMPOS QUE A SAÚDE ADOECE

Independente dos incêndios a serem apagados, o que todos querem e precisam saber é onde estão os respiradores, a bem da verdade, sem negar a gravidade dos indícios apurados sobre a operação oxigênio, o fato é que a penúria da saúde pública se arrasta a algum tempo, a PEC da morte(EC 95), aprovada no governo Temer com voto favorável do então Deputado Federal Jair Bolsonaro, já retirou mais de 20 bilhões da saúde.

O desmonte da atenção primaria de saúde promovido pelo governo federal e seguido por Moisés, trouxe uma grande diminuição dos agentes de saúde, desmontes das equipes de saúde da família, dos mais médicos, desmonte do SUS, Capes e SUAS, enfraquecendo as ações de promoção e prevenção da saúde onde se resolve a maioria dos casos na atenção primaria. O governo Moisés também cortou pela metade as gerencias regionais de saúde trazendo ainda mais dificuldades para o acesso da população.

É preciso relatar também que a política de privatizações suga dinheiro público para dar para empresas privadas com insígnias de OS (Organização Social).

Um exemplo claro, nessa pandemia mundial, onde a saúde e tão importante, vemos o estado repassar ainda mais verbas para a empresa que gerencia o Hospital Florianópolis, um repasse mensal de 460 mil reais como aditivo para aumentar o atendimento de 10 leitos de UTI, ao mesmo tempo em que acompanhamos a demissão em massa de funcionários desse referido hospital.

Enquanto isso, diversos hospitais públicos estão fechados, por exemplo, o Hospital Tereza Ramos em Lages, com sua segunda ala equipada, pronta para atender mais de 200 pacientes, dentre esses 28 de UTI, ainda aguardam os respiradores fantasmas para abertura dos leitos.

Isso se repete em diversos outros hospitais do estado. as pessoas estão em risco pela ineficiência dos gestores.

Ao mesmo tempo o governador Moisés dá sequência a política de empobrecimento da população feita por Bolsonaro através da reforma da previdência. O governador insiste em aprovar uma reforma absurda que afeta e muito os servidores da saúde impondo idade mínima de 62 anos mulheres e 65 anos homens, servidores esses que segundo banco de dados que compilamos são os que mais adoecem entre todas as categorias e também os que tem a menor sobrevida após a aposentadoria o que denota a clara incompatibilidade com a reforma proposta e defendida pelo governo Moisés e diversos deputados.

  • Defender a vida e o que propomos;
  • Pela Derrubada da EC 95;
  • Em Defesa do SUS;
  • Não ás OSs.