Servidores técnico-administrativos da SJC realizam ato em Florianópolis
Munidos de faixas, apitos e balões cerca de 60 servidores técnicos e administrativos deram seu recado para a secretária Ada de Luca na tarde desta quarta-feira (10). O ato aconteceu em frente à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e os trabalhadores reivindicaram um novo plano de cargos e salários, lutaram contra a discriminação e pediram pelo pagamento do risco de vida.
O encontro começou na parte da manhã, com concentração dos trabalhadores no SINTESPE. O ato foi iniciado às 14h e a categoria mostrou-se mobilizada e disposta a cobrar do Governo aquilo que lhe é de direito. Além da fala de dirigentes do sindicato, os trabalhadores deram seus depoimentos e denunciaram a falta de pessoal nos locais de trabalho, questionaram o slogan da Secretaria (“sistema humanizado, cidadania respeitada”) e expuseram o caso de profissionais, como médicos e dentistas, que estão pedindo demissão por conta dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho no sistema prisional.
A secretária Ada de Luca recebeu os dirigentes do SINTESPE e um grupo de trabalhadores por volta das 15h20min em uma reunião que se estendeu por quase uma hora. Dois importantes encaminhamentos foram conquistados no ato desta tarde: o primeiro deles é o pedido lotacional, que deverá ser realizado pelo setor jurídico da SJC em um processo que deverá transcorrer administrativamente, a fim de evitar mais demoras; o segundo encaminhamento é a formação de uma comissão, que deverá se reunir com Décio Vargas, do Coner, para a discussão do plano de cargos e salários. O SINTESPE entrou em contato com Décio Vargas, que se prontificou em marcar uma reunião a partir da semana que vem.
Outras lutas também foram lembradas no ato desta tarde, como o não cumprimento da Lei de Data Base, os cargos terceirizados – que atendem a interesses políticos e partidários – e, principalmente, a luta pela unidade. É de conhecimento público que este Governo utiliza a estratégia de “dividir para conquistar”, de maneira a fatiar as gratificações e negociações por grupos isolados, colocando os trabalhadores uns contra os outros e enfraquecendo a luta. O movimento de hoje mostrou que os trabalhadores estão mais fortes, unidos e dispostos a não serem passados para trás.