Servidores do Porto de Imbituba realizam planejamento de ações
No dia 18 de abril, o SINTESPE teve a primeira rodada de negociação com o presidente da SC-Par, em toda a sua história
O SINTESPE teve audiência com o presidente da SC-Par Porto de Imbituba, Luiz Antônio Braga Martins e seu assessor, Antônio Gadotti, na tarde do dia 18 de abril, e entregou as reivindicações dos mais de 70 servidores celetistas da autoridade portuária. No encontro estiveram os secretários de Comunicação do Sindicato, Wolney Chucre e Gabriel Pereira Escobar, de Assuntos Jurídicos, Sandoval Miguel dos Santos, e de Formação, Sayonara de Araújo Pessoa, além de do funcionário do Sindicato, Luciano dos Santos. No período da manhã, os diretores do SINTESPE coordenaram o Planejamento de Atividades para 2023. “A atividade foi construtiva, conseguimos reunir uma quantidade de ações expressivas diante dos problemas que identificamos anteriormente e, agora, planejamos como executá-las, com prazos e prioridades”, avalia Gabriel Escobar, que também é servidor do Porto. “Os servidores estão motivados, porque vislumbram metas mais palpáveis de serem atingidas e isso resulta no fortalecimento maior da equipe em termos de organização”, conclui. O Acordo Coletivo dos trabalhadores do Porto, que estava atrasado há quase um ano, está em vias de ser assinado.
A nova direção do Porto de Imbituba foi indicada pelo governador Jorginho Mello (PL) e os primeiros contatos do SINTESPE têm sido positivos. Aliás, Luiz Antônio Braga Martins já havia presidido a SC-Par e foi afastado do cargo pelo ex-governador Carlos Moisés exatamente por ser contrário à privatização “e ter um perfil mais expansionista, de melhorar as movimentações do Porto”, conta Gabriel. Braga Martins foi o primeiro presidente do Porto de Imbituba a receber os representantes do Sindicato para uma negociação. “Foi bastante solícito diante das nossas sugestões”, resume Gabriel. Além da reivindicação para a realização de concurso público, um dos assuntos tratados no encontro foi a questão do assédio moral no local de trabalho, intensificado durante a gestão Carlos Moisés. O encaminhamento aprovado foi de realização de um curso, reunindo diretoria, comissionados e o quadro efetivo do Porto “para que todos saibam o que é assédio moral e que não seja praticado na empresa”.
Gabriel Pereira Escobar se mostra motivado, depois de quatro anos de ameaças de privatização do porto público de Imbituba. “A situação se alterou com o novo governo, principalmente porque tivemos declarações expressas do ministro dos Portos e Aeroportos Márcio França e do próprio presidente Lula de que a farra das privatizações no Brasil está encerrada”, comenta, “assim como o governador do Estado, que tem compromisso assinado de não privatizar os portos delegados”. Segundo Gabriel, em março desse ano, o Porto Público de Imbituba quase bateu seu próprio recorde em movimentação de mercadorias – “foi o melhor março da história” – ampliando ainda mais a sua importância na região da Amurel (Associação dos Municípios da Região de Laguna. “O porto é, de longe, a empresa que mais gera empregos diretos e indiretos na região, sem o porto não há cidade de Imbituba”, reforça.