Servidores do Imetro e administrativos da Educação buscam apoio dos deputados
Na tarde de terça-feira, 29/11, o presidente do SINTESPE, Antônio Battisti, acompanhado dos servidores Heron Roberto Santos do Imetro, fiscal do Imetro, e do Leonel Marcos Valcanaia, servidor analista técnico do Ceja de Caçador, ocuparam por dez minutos a tribuna da Assembléia Legislativa para expor aos deputados em plenário, a difícil realidade por que passam esses dois segmentos do serviço público. Na oportunidade além da apresentação de uma carta aos deputados com a avaliação das propostas aos itens da política salarial apresentada pelo governo do estado, a direção do SINTESPE enfatizou pedido para que os parlamentes apoiem e intercedam junto ao governo de maneira a ter encaminhado os projetos de leis que tratam da produtividade do IMETRO e da EDUCAÇÃO. Estes são os únicos servidores a conviverem unicamente com o baixo vencimento de R$760,00; R$820,00; R$900,00 e R$1.200,00, respectivamente para serviços gerais, serviços auxiliares, nível médio e nível superior. Para que não restasse qualquer dúvida, foi colado na tribuna a cópia de um contra-cheque desses servidores, o que deixou os deputados sem ter o que dizer, pois muitos sempre expressaram desconhecimentos quando se trata dos vencimentos dos servidores das secretarias, autarquias e fundações.
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Os servidores do Imetro e da Educação deliberaram que vão manter a luta pela extensão da gratificação por produtividade. Não é compreensível que um servidor do Instituto, da Escola Agrícola, do CEDUP e do CEJA, tenha um salário misero de R$ 760, para serviços gerais, R$ 820, para serviços auxiliares, R$ 900, para nível médio e R$ 1.200 para nível superior. Sem qualquer tipo de penduricalhos, esse é o salário real de um servidor publico que atua nestes órgãos.
Com faixas espalhadas por todo o plenário os servidores expuseram a real situação pela qual passa a categoria, inclusive apresentando os contracheques dos servidores. Um dos absurdos é perceber que cerca de 100 servidores do Imetro, recebem a metade do valor que recebe um terceirizado. Uma das principais lutas do sindicato é contra o avanço da terceirização no serviço público.
“Estamos aqui hoje para sensibilizar os deputados de maneira que levem a reivindicação ao conhecimento do governador do estado e seus secretários e que busquem medidas para resolver a situação da categoria. Essa precisa ser imediata porque estes servidores não têm condições de passar mais um ano recebendo os valores dos atuais vencimentos”, afirmou o presidente do Sintespe, Antônio Battisti.
Tanto os servidores do Imetro quanto os servidores administrativos da Educação estão buscando negociação com a Secretaria da Educação e com a direção do Imetro, referente aos projetos para resolver a situação da categoria e estão trancados desde o inicio do ano. “Nós gostaríamos que o projeto fosse levado para votação e aprovação ainda neste ano, já que os recursos necessários não precisaram sair do tesouro do estado, como no caso do Imetro.[o órgão possui arrecadação própria]”, destaca o fiscal do Imetro, Heron Roberto Santos.
Educação
Os servidores da Educação que ingressaram no serviço público desde 2006, estão com os vencimentos congelados [Classes 1 a 4]. “Nós temos servidores que de maneira muito digna, mas com muita dificuldade conseguem sustentar a sua família recebendo R$ 760, 00.”, destaca o servidor da Educação.
A situação da gratificação de produtividade foi uma lei sancionada pelos Deputados Estaduais que prima por 60% da GAF para os servidores analistas técnicos em gestão educacional da Secretaria de Estado da Educação. Entretanto, essa gratificação por produtividade somente é paga para quem trabalha no órgão central da Secretaria que fica em Florianópolis.
“A grande questão é: – Porque existe essa diferenciação? O que faz um servidor lotado na sede da Secretaria ser mais produtivo que um servidor da Escola Básica, Agrícola, do CEDUP e do CEJA, de maneira que estes servidores não recebam este percentual de 60%? “, questiona.
Na quinta-feira, 01/12, às 14 horas, tem agendada audiência com o secretário adjunto da Educação, que deverá transmitir as tratativas mantidas com o governador do estado, já que o projeto de lei tratando da gratificação foi finalmente confirmado, estando no palácio do governo desde a semana passada. Caso não tenhamos uma resposta positiva, o SINTESPE defende que na próxima terça-feira, (06/12), os servidores administrativos da Educação devem suspender todas as atividades internas, todos devem vir para Florianópolis, direto para a Secretaria da Educação e só sair de lá com a garantia do encaminhamento do projeto da gratificação para a Assembléia ainda neste ano.
Imetro
Logo após a manifestação na Assembléia Legislativa, os servidores do Imetro com a solidariedade dos servidores da Educação foram até a Casa Civil, onde ficou confirmado que o projeto estava para deliberação final do governador.
O SINTESPE reforça a necessidade de todos se manterem atentos e mobilizados. O calendário de votação da Assembléia Legislativa vai até o dia 15 de dezembro.