O nazismo de Hitler também pregava o fechamento dos sindicatos

O nazismo de Hitler também pregava o fechamento dos sindicatos

O período eleitoral é propício para que todos analisem qual é o papel desempenhado por políticos e partidos, mas é também um momento para que seja analisado o perfil dos eleitores. Trata-se de uma ocasião em que devemos colocar a luz da consciência sobre o tema e estimular a discussão da maneira mais progressista possível, já que estamos lidando com o futuro de milhões de pessoas.

Votar com consciência é também pensar no outro e, de que maneira podemos evoluir coletivamente. Infelizmente, as eleições também trazem à tona lados mais selvagens de nossas personalidades e, por vezes, o debate acaba enveredando por questões pessoais. É importante que neste delicado momento os eleitores também sejam honestos sobre qual a sua própria posição ocupada dentro de uma sociedade.

E então chegamos até o candidato que lidera as pesquisas à presidência do Brasil. Jair Bolsonaro do PSL é líder em intenções de voto, mas também é o candidato que encabeça a lista de candidatos em que os eleitores não votariam de jeito nenhum. Está colocada a controvérsia e o retrato da polarização política que tomou conta do país nos últimos anos.

É importante refletir sobre as posições e opiniões radicais emitidas pelo candidato no que se refere aos trabalhadores e aos direitos adquiridos. Ele defende a extinção dos sindicatos, ou seja, ele prega que trabalhadores e trabalhadoras não devem ter entidades de proteção. O mesmo aconteceu em um tenebroso período da história mundial, quando Hitler e o partido nazista dissolveram sindicatos, cassaram o direito de greve, promoveram o fechamento de jornais e também de demais partidos que faziam oposição.

A luta sindical no Brasil garantiu, entre outras conquistas, as férias, o 13º salário e regulamentação previdenciária. Neste ponto, o candidato claramente não se posiciona a favor dos trabalhadores, já que se absteve na votação referente à terceirização e votou sim para projetos como a reforma trabalhista e a PEC da morte.

A equação deveria ser simples: trabalhadores devem se posicionar favor de candidatos que defendam os trabalhadores e as suas lutas. Não é possível corroborar a ideias de um candidato que defenda o fim de sindicatos ou projetos que venham no sentido de prejudicar os trabalhadores e a vida trabalhista. Em uma analogia simples é como se o dinossauro optasse por eleger o meteoro e já sabemos muito bem como isso terminou. É tudo uma questão de sobrevivência.

 

Texto publicado em 21/09/18

 

VÍDEOS

 

Sobre o fim dos sindicatos

Sobre a votação em projetos polêmicos