Mesmo com aumento da arrecadação, governo Moisés sacrifica o servidor estadual
Governador Carlos Moisés é inimigo dos servidores estaduais
O governo Carlos Moisés acaba de divulgar na mídia oficiosa o aumento surpreendente da arrecadação do Estado, em tempos de pandemia e às custas do sofrimento da população catarinense e dos servidores estaduais em especial. Dados da Secretaria da Fazenda indicam que, de 2018 até 2021, o recorde de arrecadação supera os R$ 2 bilhões ao ano, chegando a R$ 33,47 bilhões, no ano passado (R$ 4 bilhões a mais do que no ano anterior). No texto, publicado no ND com o título “Arrecadação” são destacadas, circunstancialmente, as medidas fiscais contra irregularidades e o fim do lockdown, sem mencionar uma linha sequer sobre os reais motivos para tamanho crescimento econômico de um governo sem obras e que não investiu os percentuais mínimos em saúde e educação.
A arrecadação do Estado aumentou em decorrência do desespero das famílias que perderam entes queridos por conta da pandemia; pela aprovação da Lei federal 173, que retirou direitos dos trabalhadores em geral (reduziu salários, provocou desemprego) e dos servidores, como o corte de triênios e licenças-prêmio e outros benefícios conquistados pela categoria. Mesmo diante do recorde na arrecadação, o governo parcelou o reajuste salarial dos servidores, até julho desse ano, e mantém a discriminação entre os iguais, ao não garantir a extensão e a isonomia das gratificações. A presidenta recém eleita do sindicato, Marlete Gonzaga, se manifestou dizendo que “ a diretoria do Sintespe está atenta e está fazendo todo o esforço para, em primeiro lugar, derrubar esse confisco de 14% dos aposentados e pensionistas e também a luta pela isonomia de tratamento entre as diversas secretarias e setores uma vez que é política do governo discriminar um setor de extrema importância.”
Carlos Moisés impõe austeridade para os servidores ativos, aposentados e pensionistas ao mesmo tempo em que favorece empresários sonegadores com perdão de dívidas milionárias, a chamada renúncia fiscal, e ainda quer entregar os portos públicos às mãos privadas de seus cupinchas. O governador trava a liberação dos pedidos de aposentadoria e o pagamento das pensões, confisca em 14% os proventos e pensões de aposentados e pensionistas – um verdadeiro roubo – e alega déficit nas contas do IPREV, limita e dificulta o pagamento de diárias e mantém o congelamento do auxílio alimentação dos servidores.