Governo e Unimed vão prorrogar plano de saúde
Executivo aceitou reajustar cooperativa em 19,6% para manter atendimento por mais seis meses
O governo do Estado aceitou a contraproposta da Unimed com reajuste de 19,6% para prorrogar por mais seis meses o contrato do plano de saúde dos servidores – um universo de 180 mil pessoas. Mesmo assim, a palavra final sobre a negociação será dada na sexta-feira, em uma assembleia dos dirigentes da cooperativa.
Atualmente, o Estado paga R$ 90,85 por mês à Unimed por cada servidor ou dependente, em troca de atendimento (consultas, exames, etc). A solicitação inicial da cooperativa era de um reajuste em torno de 29% sobre este valor para concordar com a prorrogação do contrato.
Os técnicos da Secretaria de Administração, que estão conduzindo as negociações, ofereceram 10,6%, e a Unimed apresentou, então, uma nova alternativa de 19,6%.
Apesar de o governo ter aceitado o novo percentual da própria cooperativa, oficialmente, a Unimed ainda não confirma a renovação pelos próximos seis meses. Em nota, a assessoria da entidade reafirmou que o anúncio oficial sai apenas na sexta-feira, depois de uma assembleia.
De acordo com o secretário da Administração, Milton Martini, a prorrogação foi necessária para manter o atendimento aos servidores, mas poderá ser interrompida antes dos seis meses caso o sistema de autogestão que está sendo implantado pelo governo fique pronto.
No novo formato adotado, em vez de comprar planos prontos, como era feito com a Unimed, o Estado pretende criar seus próprios planos e credenciar profissionais e empresas que poderão prestar os serviços médicos aos servidores.
A abertura das propostas da licitação foi realizada no dia 5 de julho, mas o processo de implantação do plano de saúde foi interrompido por uma liminar da Vara da Fazenda Pública da Comarca da capital, questionando itens do edital.
O plano que atende ao funcionalismo público estadual é oferecido pela Unimed desde 2005, quando a cooperativa foi vencedora no processo licitatório oficial.
O contrato venceu em 31 de janeiro deste ano e foi prorrogado por seis meses para que a secretaria tivesse tempo de escolher a empresa que ficará encarregada de implantar o novo modelo idealizado pelo governo.