Governo corta verba de combate à pedofilia e exploração sexual
Bolsonaro não se cansa de atacar o serviço público, nem mesmo quando diz respeito à destinação de verbas para atender as comunidades e pessoas em situação de vulnerabilidade social. O corte de verbas para o SUAS demonstra a falta de compromisso de Bolsonaro em combater a pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Desde o início do atual governo, o orçamento para serviços de proteção social especial do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) caiu de R$ 773,2 milhões (aplicados durante o ano de 2017) para R$ 307,9 milhões, em 2022. Para o ano que vem, a previsão da Lei do Orçamento Anual (LOA) é de apenas R$ 15,4 milhões.
Pior: no dia 19 de outubro, a base do governo na Câmara dos Deputados votou contra a tramitação, em regime de urgência, do projeto de lei (PL 1.776/2015) que torna casos de pedofilia em crimes hediondos. Foram 135 votos a favor de antecipar a votação do projeto e 224 contrários. O PL, partido de Bolsonaro, deu apenas cinco votos a favor da proposta, entre seus 76 deputados.
No dia 14 de outubro, durante entrevista concedida a um podcast, Bolsonaro sugeriu que existiria um local de prostituição de menores venezuelanas na periferia de Brasília. Em mais um de seus passeios de moto, o presidente encontrou meninas venezuelanas com idade entre 14 e 15 anos, “bonitas e arrumadinhas” que, ainda segundo ele, estariam se arrumando para “ganhar a vida”. E emendou: “Pintou um clima, voltei, perguntei se podia entrar na casa, entrei”. O local, na verdade, abrigava uma ação social com aulas de estética