Fórum em defesa do serviço público conversa com candidato Décio Lima
Fim do confisco de 14%
Décio Lima deixou claro que, se eleito, vai revogar o confisco de 14%, imposto aos aposentados e pensionistas pelo governo Moisés. Filho e irmão de professoras, o candidato assumiu o compromisso de cumprir a Lei do Piso do Magistério na carreira e com a revisão anual de seu valor, e ainda vai implantar o Programa de Amparo Mental, especialmente para melhorar a saúde mental dos professores. Em relação à Saúde, Décio criticou o corte de R$ 700 milhões feito pelo governo Bolsonaro para a área, entre 2019 e 2022, manifestou “profunda relação com o SUS”, garantiu que vai pagar o Piso da Enfermagem (ele é casado com a enfermeira Ana Paula Lima, eleita deputada federal no dia 2 de outubro) e aumentar a estrutura de atendimento à população.
Piso Estadual de Salário
“Sou favorável às reformas, mas para melhorar, não para retirar direitos”, disse Décio Lima, ao comentar sobre a reforma da previdência e a PEC 32, “uma crueldade”, na sua avaliação. Respondendo à indagação da jornalista Rosângela Bion de Assis, do Portal Desacato, Décio mostrou-se preocupado com o empobrecimento da população – são 971 mil catarinenses na pobreza e extrema pobreza, 300 mil não têm o que comer – e defendeu que “obras sociais e humanas são fáceis de realizar”, citando exemplos como o Programa Fome Zero instituído por Lula e a “Cesta Cidadã”, incluída no seu programa de governo. “O maior salário mínimo do Brasil será o de Santa Catarina”, reforçou.
Contra privatização
Em relação ao grande número de servidores temporários – são 30 mil, diante de 19 mil efetivos – o candidato defendeu o vínculo de trabalho no Estado. O ACT vive em insegurança permanente, o que compromete o seu desempenho profissional, sendo assim, “o Estado não pode ser temporal, porque o povo quer segurança no serviço público”, disse. O diretor do SINTESPE, Wolney Chucre, indagou sobre a privatização dos portos catarinenses de Imbituba e São Francisco do Sul e o candidato foi além, destacando que “porto é soberania” e incluindo no rol a Celesc, Casan (“SC tem a segunda pior cobertura de esgoto no país”, disse) e Epagri. E adiantou que em seu programa de governo está prevista a construção de 29 Institutos Estaduais de Educação.
Violência e acessibilidade
Décio Lima promete um governo participativo para os catarinenses, inclusive no Orçamento do Estado – “o povo não somente para mão de obra, mas para decidir as ações do governo”. Enaltecendo a candidata a vice-governadora na sua Chapa, Bia Vargas, o candidato do PT falou da criação da Secretaria Estadual das Mulheres em seu eventual governo, e da alarmante violência contra a mulher – Santa Catarina registra um feminicídio por semana. Vítima da poliomielite, Décio se mostrou emocionado ao responder sobre o seu drama pessoal desde a infância, assegurando uma política de inclusão e acessibilidade.
Apoio às rádios comunitárias
Décio Lima promete reduzir as desonerações no Estado, até como forma de aumentar os salários dos servidores, adiantou a criação do Banco do Povo com microcrédito subsidiado, previsto em seu programa de Governo, a valorização da UDESC – única universidade pública do estado – e defende uma comunicação democrática, plural e livre, a implantação do Marco Regulatório das Comunicações no Brasil e o apoio às rádios comunitárias. “Vamos retomar as conquistas sociais e paralisar as agressões, a miséria, a fome, e acreditar no Brasil, porque estamos do lado certo da história”, finalizou.
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Foto: reprodução
Texto atualizado às 18h25