Existe luz no fim do túnel?

Existe luz no fim do túnel?

Atravessamos um período em que historiadores, economistas e cientistas políticos sentem dificuldade em definir o que de fato está acontecendo. Acreditava-se que este ano seria mais leve em relação ao anterior, mas as expectativas não se concretizaram. No entanto, ainda existe uma luz no fim do túnel.

Seja em nível nacional ou estadual, não houve trégua para a classe trabalhadora. A massacrante Reforma Trabalhista redefiniu as relações de trabalho, permitindo terceirizações, estimulando programas de demissão voluntária e seus efeitos mais árduos começarão a ser sentidos apenas no ano que vem. A Reforma da Previdência está prestes a ser votada, irá dificultar o acesso a aposentadoria e acabar com o sistema de seguridade social, mesmo com CPIs e investigações que comprovam que não existe déficit.

Os escândalos políticos se proliferam não só em Brasília, com um governo ilegítimo que promete cargos e concede altas quantias em dinheiro para garantir a aprovação de projetos, mas também em terras catarinenses, com a renúncia e investigação de secretários de Estado, entrega de patrimônio público, municipalização de escolas e congelamento de investimentos públicos.

A terceirização está gerando mais precarização no serviço público e também a entrega de patrimônios, como a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc), a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab), a Corretora de Seguros e Administradora de Bens Móveis e Imóveis (Bescor), o Porto de São Francisco do Sul e com a transformação da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em Instituto do Meio Ambiente (IMA).

Em meio a tantas mudanças estruturais, escândalos e políticas duvidosas fica o questionamento sobre qual seria então esta “luz no fim do túnel”. É importante analisar que todos os avanços significativos da classe trabalhadora ao longo da história possuem duas características em comum: união e luta.

Assim foi com a greve geral histórica realizada nacionalmente em abril, com a união dos trabalhadores da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST) que buscaram melhores condições de trabalho e também daqueles que tiveram a coragem de paralisar as atividades do Porto de São Francisco do Sul em pleno mês de dezembro. Esta última mobilização foi uma das mais vitoriosas do ano e o governo do Estado foi obrigado a receber o sindicato e conceder algumas reivindicações

Fortalecimento da união e da luta deve ser o norte para o ano de 2018, ocasião em que o SINTESPE completa seus 30 anos. Nosso compromisso continuará sendo com a categoria, oferecendo formas corretas de mobilização e lutando para que exista realmente uma renovação política. Neste ano o sindicato fez denúncias constantes sobre parlamentares que votaram em projetos que prejudicam a classe trabalhadora e estimularemos nossa base para que votem conscientemente no próximo pleito. Nossa luta contínua será sempre por você, servidor público, para que os seus direitos sejam mantidos e para que nossos representantes atuem em favor da classe trabalhadora.


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