Estado reavalia nova sede para a SST, abrigada em prédio insalubre
O carteiro que foi entregar correspondências na Secretaria de Estado da Assistência Social na última sexta-feira deu com a cara na porta. A sede, na avenida Mauro Ramos, estava fechada para dedetização, assim como a unidade do Sine, que fica ao lado. Em agosto do ano passado, o Sintespe-SC (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público) produziu um dossiê classificando as instalações como “insalubres”. Um dos problemas seria a “infestação de ratos e pombos”. Desde a denúncia, esta é a segunda vez que o prédio é submetido à dedetização.
Insalubre
Além do problema com ratos na secretaria, o Sintespe-SC também denunciou casos de “fiação elétrica à mostra, entupimento de banheiros, telhas quebradas, paredes com rachaduras, mofos e musgos”. Na esteira da denúncia, duas soluções foram encaminhadas pelo governo do Estado. Uma delas, a mudança para o prédio da extinta Cohab, no Estreito, foi descartada pela falta de espaço suficiente para a quantidade de servidores e integrantes de conselhos ligados à pasta. A partir daí, começou a ser discutida a compra de um novo prédio, também no Estreito.
Nova Sede
Aí começam os contornos políticos da situação. O antigo titular da Assistência Social é o deputado estadual Valmir Comin (PP). Ele foi o primeiro a deixar o cargo, horas antes da posse do governador em exercício Eduardo Moreira (PMDB). A rivalidade PMDB-PP falou mais alto. Com aval do governador agora licenciado, Raimundo Colombo (PSD), Comin conduziu um processo para a compra da nova sede, ao custo de R$ 25 milhões. Sob Moreira, as discussões da aquisição foram freadas.
Sem política
O governo do Estado esclareceu, por meio de nota, que a compra do novo prédio está em tramitação. A informação é da secretária-adjunta de Assistência Social, Reginte Panceri, que está no exercício do cargo até o dia 12, quando a nova titular, Romanna Remor, assumirá o posto. Romanna “já está ciente do problema estrutural e vai avaliar o melhor encaminhamento”. Em tempo, o governo informou que “a decisão não passa por uma questão política”.
Fonte: Notícias do Dia