Condsef quer levar reflexões do Dieese sobre setor público a todos os estados brasileiros
Representante da subseção do Dieese na Condsef, o economista Max Leno de Almeida conta que a intenção de promover debates específicos para o setor público veio da necessidade apontada pelos próprios representantes desse setor. Visão reforçada pelo secretário-geral da Confederação, Josemilton Costa, que avaliou a experiência como importante para que os dirigentes sindicais e servidores se familiarizem com conceitos como a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Plano Plurianual, entre outros. “Esses são assuntos fundamentais para entender e atuar de forma mais contundente na luta em defesa do setor público”, avalia. As exposições abordam a conjuntura do setor público e traçam radiografias sobre arrecadação de impostos, limites fiscais e quais os obstáculos que esse cenário pode acarretar aos investimentos no setor público.
Reflexos na luta dos servidores – Para a Condsef, manter debates como estes é um diferencial que trará impacto na luta dos servidores para os próximos anos. Dados do governo ajudam a prever como deve se comportar o cenário referente a investimentos na administração pública. Um dos componentes mais criticados deve continuar sendo a rolagem alta de juros da dívida interna. Até 2015 o governo trabalha com um cenário econômico com poucas mudanças. Sob a ótica das contas públicas, as projeções só devem reagir a partir de fortes ações dos movimentos sindicais. “Por isso, a Condsef realça sempre a importância da unidade entre os servidores públicos”, diz Josemilton. Projetos como, por exemplo, o PLP 549/09 – que propõe congelamento de investimentos públicos por dez anos, previdência complementar, entre outros, estão na ordem do dia e continuam representando grande ameaça aos servidores.
“É justamente para agregar força à luta dos servidores que esses debates acerca da administração pública são tão importantes”, reforça o secretário-geral. A Condsef espera que cada vez mais suas filiadas e servidores de sua base mantenham atenção e foco ao cenário econômico e ao comportamento do governo frente às tendências de crescimento econômico, patamares de inflação, juros, taxa cambial, arrecadação de impostos e outros indicadores. “Todo esse conjunto de fatores é fundamental para que possamos traçar nossas metas e exigir do governo maior atenção às questões do funcionalismo público”, conclui Costa.