Com o aumento de casos de COVID na Secretaria de Segurança Pública do Estado, o trabalho remoto é estendido aos servidores do IGP após mobilização

Com o aumento de casos de COVID na Secretaria de Segurança Pública do Estado, o trabalho remoto é estendido aos servidores do IGP após mobilização

Na segunda-feira (19) o SINTESPE organizou uma videoconferência entre os servidores do IGP devido às queixas que chegaram ao Sindicato sobre o modo como o gestor local estava organizando o trabalho durante a pandemia.

Na oportunidade, relataram os trabalhadores que embora tivesse havido uma determinação de trabalho remoto no período de 13 a 25/10, em razão de casos ocorridos na Secretaria de Segurança Pública, os servidores do Instituto de Identificação localizado no Complexo continuavam trabalhando normalmente. Relataram que não estava sendo guardada a distância regulamentar entre os postos de trabalho, que utilizavam o mesmo headset, que não eram submetidos a controle de temperatura, que a abertura das janelas não propiciava a troca efetiva do ar circulante nas salas, que não eram fornecidas máscaras e que eventualmente se deslocavam para procedimentos de identificação em ambiente externo. Informaram também que o elevador utilizado era o mesmo para todos sendo mantida uma mesma recepcionista no prédio, a qual mantinha contato com todos, e os trabalhadores do serviço de higienização, que circulavam em todos os espaços.

Participaram da reunião dirigentes sindicais, a assessoria técnica do SINTESPE (médica e jurídica), tendo sido expedido um Parecer, o qual embasou requerimento endereçado ao Perito Geral para que manutenção de ambiente de trabalho saudável, com a tomada de medidas cabíveis para evitar a contaminação e propagação do Sars-COV-2, seguindo a Instrução Normativa da Secretaria de Estado de Administração, mantendo os servidores no exercício de suas funções mediante trabalho remoto. Abaixo, parte da conclusão do parecer que resume a situação à qual estavam submetidos os servidores e servidoras:

“Reforçamos tratar-se de exposição (ao risco de COVID 19) desnecessária, na medida em que 95% do trabalho realizado no setor pode ser efetuado por home office, sem prejuízo a sua qualidade e conteúdo. Não obstante a opinião de gestor local, fundamental seguir a orientação do Governo Estadual neste caso, que foi balizada por técnicos e cientistas: tele trabalho em home office para todas as situações possíveis.”

Todavia, na manhã de quarta-feira (21), os servidores locais, tendo em conta o aumento do número de casos de infectados e toda a tensão que gerou a possibilidade de virem a ser contaminados no ambiente de trabalho, cientes de que deveriam estar exercendo seu ofício mediante tele trabalho, buscaram a chefia imediata não mais aceitando de maneira passiva a “vontade” do gestor que negando a ciência e impõe seus conceitos equivocados ao coletivo. Resultado: o home office foi decretado no local, da mesma forma que os servidores de todo o complexo.

Mediante encaminhamento do Parecer Técnico ao Perito Geral, a expectativa agora é que sejam respeitados os regramentos acerca do trabalho em tempos de pandemia nos órgãos do Estado, garantindo-se a saúde e a vida de cada um dos servidores, que veem seus companheiros notificarem suas chefias com exames positivos para a COVID com apreensão.

É fundamental que os servidores entendam que o SINTESPE é um instrumento de luta em defesa dos interesses dos servidores públicos. Neste momento anormal que estamos vivendo, o encerramento do parecer técnico resume a situação:

Urge agir, pois a atual pandemia não nos concede um tempo para a reflexão e amadurecimento de quem em nela não acredita, cobrando seu preço através da saúde e da vida das pessoas.

Não se deixe intimidar. Não tenha dúvidas. Venha para o SINTESPE e se fortaleça na medida em que fortalece o coletivo!