Por que eles querem fortalecer o patrão?
A onda de ataques aos sindicatos está cada vez mais evidente, sendo intensificada e aliada pelo discurso de ódio à organizações e movimentos que lutam em prol dos trabalhadores. Estamos na era pós-Reforma Trabalhista que representou um grandioso ataque à situação profissional de milhões de brasileiros apenas para facilitar a isenção dos empregadores em diversas questões.
Mas não para por aí…
Duas declarações sobre sindicatos se tornam emblemáticas nos tempos em que vivemos. A primeira foi disparada pelo empresário catarinense Luciano Hang, em fevereiro deste ano, quando aparece ao lado do presidente de um sindicato patronal e pedindo que os empregadores não deixem de contribuir com o imposto sindical para fortalecer o empresariado. “Nós temos que fortalecer os sindicatos patronais (…). Vamos ajudar as empresas a serem cada vez mais fortes”, declara Hang em vídeo.
A outra fala vem do deputado e candidato à presidente, Jair Bolsonaro, figura fascista e controversa, que apoia o fim dos sindicatos de trabalhadores ao alegar que os mesmos são uma “desgraça” e que se tratam de uma “pequena minoria que vive da profissão de atazanar o proprietário”.
Há algo a ser analisado nisso tudo. Por que as forças dominantes consideram que o sindicato patronal deve ser preservado e fortalecido e o sindicato de trabalhadores deve ser extinto? A promoção do ódio e demonização dos sindicatos escondem objetivos ocultos. Por qual motivo querem os trabalhadores permaneçam desamparados e os patrões fortalecidos?
Pense nisso, pois se você não entendeu isso até agora, então você não entendeu nada.