SINTESPE é contra o parcelamento do reajuste no auxílio-alimentação
Projeto que está na Alesc é resultado da luta do SINTESPE, mas queremos o reajuste integral do benefício em uma só vez
O projeto de lei do Executivo que estabelece o reajuste do auxílio-alimentação pago aos servidores estaduais foi lido no plenário da Assembleia Legislativa no dia 21 de novembro e deve agora ser votado pelos deputados nos próximos dias. O PL 0462/2023 foi protocolado no dia 6 de novembro, em regime de urgência, e prevê a atualização do valor diário, dos atuais R$ 12,00 para R$ 25,00 (ou de R$ 264,00 para R$ 550,00 mensais), porém, de maneira parcelada, até novembro de 2025. O envio do Projeto à Alesc é uma vitória da luta do SINTESPE, mas o sindicato não apoia o parcelamento. “Queremos que a nossa pauta de reivindicações seja atendida integralmente, no ano de 2024. Somos terminantemente contrários a qualquer parcelamento do reajuste”, critica o secretário de Comunicação, Wolney Chucre.
O SINTESPE está na luta há anos pelo reajuste anual do auxílio-alimentação, suspenso durante sucessivos governos. A reivindicação, inclusive, integra o rol da Campanha Salarial da categoria, em 2024. No dia 11 de maio deste ano, a presidenta Marlete Gonzaga e os diretores Sayonara de Araújo Pessoa e Wolney Chucre tiveram audiência com o secretário de administração do governo, Moisés Diersmann, para tratar das reivindicações da categoria, entre elas, o aumento do valor do auxílio-alimentação. Na ocasião, o secretário assumiu o compromisso de reajustar o benefício, com possibilidade de dobrar o seu valor, no segundo semestre desse ano.
De acordo com o Projeto do governo, o valor do benefício será concedido mensalmente e não por dia, independentemente se o mês tiver 20, 21 ou 22 dias úteis, passando para R$ 396,00 a partir de 1º de novembro de 2023; para R$ 484,00, a partir de 1º de novembro de 2024; e para R$ 550,00, a partir de 1º de novembro de 2025. O reajuste previsto no PL representa um acréscimo de 108,33%, considerando o último ano de parcelamento. “O valor do auxílio alimentação está sem reajuste desde 2012, apresentando uma defasagem de quase 100%, se comparado à variação do INPC. Queremos o aumento, já, sem qualquer parcelamento”, reforça Wolney.