Servidores decidem ampliar mobilização para reforçar pedido de audiência com governador
Com objetivo de ampliar a convocação e a mobilização da campanha salarial 2023, servidores públicos estaduais reunidos na quarta-feira (18), decidiram deixar em aberto a data da próxima manifestação para cobrar do governador Jorginho Mello (PL) sua pauta de reivindicações. O dia 2 de fevereiro, aprovado na assembleia de dezembro, não está descartado, porém os servidores analisaram a possibilidade de aumentar a participação de colegas no dia em que audiência entre o Sintespe e o governador estiver confirmada. Desde dezembro passado, quando fez solicitação ao então governo de transição, a diretoria do Sindicato aguarda uma reunião de negociação com o atual chefe do Executivo catarinense e deve entregar novo ofício com o mesmo teor nos próximos dias.
O último reajuste dos servidores públicos foi concedido em 2012 e desde lá, são anos de desvalorização dos vencimentos, aposentadorias e vale-alimentação. Em sua fala, Marlete Gonzaga, presidente do Sintespe afirmou que a data-base é lei e precisa ser cumprida, lembrando também da necessidade da isonomia das gratificações, do fim do confisco de 14% nas aposentadorias e pensões, plano de cargos e salários digno; reajuste nas aposentadorias e pensões sem paridade e anulação dos critérios que reduzem as atuais; pagamento do triênio e concessão de licença-prêmio – congeladas durante a pandemia – retroativo a janeiro de 2022, concurso público e pagamento do piso nacional da enfermagem.
Todos precisam entender que o servidor necessita de melhores condições de trabalho e salários e que investir no serviço público significa melhorar a vida dos catarinenses, por isso uma campanha pela valorização do servidor e do serviço público também deve entrar na lista de tarefas do Sindicato.
Embora na esfera federal o novo governo Lula (PT) traga boas perspectivas para os servidores, como a possibilidade de enterrar de vez a proposta da reforma administrativa federal combatida com muito afinco por diversas categorias de trabalhadores; assim como a esperança de alterações na nefasta reforma da previdência de 2019; de executar uma nova política de valorização do salário mínimo e afastar de vez a ideia de privatização das empresas e portos públicos, na esfera estadual as privatizações e terceirizações são o prato principal no cardápio do novo governador. Diante dessa conjuntura, resta à classe trabalhadora lutar. “Não podemos esperar sentados, achando que as nossas reivindicações serão atendidas. Precisamos botar nosso bloco na rua”, alertou Josias Rodrigues, secretário de organização e relações sindicais.
A categoria deve estar atenta ao chamado do Sindicato, fazer uma bonita e grande manifestação e mostrar ao novo governador que está disposta a conquistar o que é de direito.