Pinho Moreira dá continuidade a política de Estado mínimo
Eduardo Pinho Moreira continuará o modelo de gestão aplicado por Raimundo Colombo, onde é priorizado o Estado mínimo. Essa política é marcada pelo desmonte dos serviços públicos, benefícios a empresários e membros da iniciativa privada. A atitude do governador em exercício realmente não chega a ser chocante para o meio político.
Antes de tudo é preciso desmistificar o discurso de Pinho Moreira. Ele reuniu-se com empresários no dia 20 de março onde garantiu que deve “diminuir a máquina pública para atender as prioridades dos catarinenses”. Devemos lembrar que Santa Catarina é dos catarinenses e não de partidos ou empresários que assumem o poder. Diminuir a máquina pública já é uma maneira de prejudicar a sociedade, que deixa de receber serviços públicos de qualidade. A quem interessa o desmonte do serviço público senão a partidos e empresários?
No evento, o governador em exercício reforçou a sua falta de compromisso com os catarinenses ao anunciar a extinção da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), que deverá acontecer nas próximas semanas e cujas funções administrativas serão vinculadas ao gabinete do governador. Essa situação de enxugamento também é observada com o fechamento das regionais de saúde e educação, tal como a falta de realização de concursos públicos. Não podemos concordar com essa política de destruição.
Aos servidores ele garantiu que honrará a folha de pagamento, mas permanece descartando qualquer tipo de reajuste ou investimento. A precarização com objetivos de terceirização é também mais uma das políticas que podemos esperar de Pinho Moreira. O que é igualmente controverso, já que neste encontro com os empresários ele fez questão de mostrar avanços nos números da economia catarinense. Em janeiro deste ano, por exemplo, o estado bateu um recorde histórico de arrecadação através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que foi de R$ 1,7 bilhão.
Para os empresários, o Governo do Estado vende a imagem de estado competitivo e com crescimento econômico. À sociedade insiste em dizer que enxugar o Estado é necessário para beneficiar outros setores, o que é uma inverdade. Ao serviço público continua a política de precarização, privatização e terceirização. Aos trabalhadores e trabalhadoras a crise, sem previsões de investimentos, reajustes ou demais melhorias. Ou seja, tudo continua da mesma forma.
* Com informações da SECOM